Na Grota do Angico, que fica entre os municípios de Canindé de São Francisco e Poço Redondo, no Alto Sertão do estado, uma fiscalização é feita constantemente para coibir o desmatamento da caatinga no estado de Sergipe. O trabalho é feito pela Superintendência de Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade (Sedurbs) que administra a unidade de conservação através da Superintendência Especial de recursos Hídricos e Meio Ambiente (Serhma).
No estado a fiscalização de biomas, como a caatinga, é de responsabilidade da Administração Estadual de Meio Ambiente (Adema) em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a população pode ajudar, através de denúncias aos órgãos competentes, que atuam com políticas públicas para este fim.
Para isto o estado aprovou uma lei que institui a Política Estadual de Combate à Desertificação (PECD), e estabelece os meios de implementação. A Lei Nº. 8.785, de 06 de novembro de 2020, dispõe sobre o combate à desertificação; cria o Conselho Permanente de Combate à Desertificação (CPCD) e o Projeto Manejo do Uso Sustentável de Terras no Semiárido do Nordeste Brasileiro – Sergipe (BRA/14/G32) – PNUD/MMA: Elabora Plano Estadual de Combate à Desertificação (PAE /SE); Criar o Núcleo Técnico de questões sobre manejo sustentável e degradação de terras de Sergipe; Elabora 02 (dois) Planos de Manejo Florestal Comunitário Sustentável, abrangendo 156 hectares de caatinga; e Capacita sobre o Manejo Florestal da Caatinga.
Segundo o Superintendente da Serhma, Ailton Rocha, a unidade de conservação da caatinga em Sergipe é alvo constante de observação com o intuito de preservar o único bioma exclusivamente brasileiro e ocupa cerca de 70% da Região Nordeste e 11% do território nacional. “A Mona Grota do Angico foi criada como unidade de preservação pelo decreto 24.922 de 21/12/2007. Fica na região que abriga os remanescentes florestais da Caatinga, com uma área total de 2.248 hectares e associa o elemento cultural de homenagem ao cangaço e ambiental com a preservação do bioma, ela é muito importante para que um bioma tão importante possa ser preservado”, relata.
O Estado de Sergipe está sempre atento ao tema preservação, para isso fez uma participação na Câmara Temática do Meio Ambiente, com o Consórcio de Governadores do Nordeste, onde os principais eixos temáticos eram as Boas Práticas e Ações Integradoras; Monitoramento, Gestão do Conhecimento e Suporte à Tomada de Decisões; Monetização de Ativos Ambientais e Restauração e Conservação da Biodiversidade.
O superintendente explica ainda que o estado de Sergipe está sempre atento às mudanças climáticas e publicou o Decreto Nº 40.706, de 29 de outubro de 2020, que institui o Fórum Sergipano de Mudanças e Adaptação Climática (FSMAC), como Monitor de Secas. “O Monitor de Secas é um processo de acompanhamento regular e periódico da seca no Nordeste do Brasil, cujos resultados são divulgados por meio de um mapa geral. Mensalmente, informações sobre a situação de secas são disponibilizadas pela Sala de Situação Hidrometeorológica da Sedurbs, por meio da Serhma, considerando as condições até o último dia do mês anterior, com indicadores que refletem o curto prazo (últimos três, quatro e seis meses) e o longo prazo (últimos 12, 18 e 24 meses). São produzidos também mapas específicos para o estado de Sergipe, com classificação da seca segundo a intensidade e severidade. É feita, ainda, a classificação por município, levando em consideração a severidade da seca e a área atingida”, explica.

Última atualização: 7 de julho de 2021, 09:17 AM