O motivo de comemoração para quase 300 pessoas no Território do Semiárido sergipano foi a oferta de água para população, com a inauguração de uma barragem subterrânea, localizada na comunidade São José, no município de Poço Redondo. A barragem é fruto de um projeto realizado através de uma parceria entre o Governo de Sergipe e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e beneficiar 60 famílias.

A primeira barragem subterrânea construída no estado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade (Sedurbs), através da Superintendência Especial de Recursos Hídricos e Meio Ambiente (Serhma), é uma iniciativa pioneira de aproveitamento de barragem superficial assoreada que passa a ter duplo barramento, como alternativa de segurança hídrica para a plantação e aumentar a oferta hídrica nos leitos secos dos rios e suprir as demandas da população rural que vivencia o contínuo problema da falta d’agua.

Sobre a barragem

Devido à escassez hídrica e grandes estiagens na região semiárida de Sergipe, a busca de novas formas de armazenamento de água tem sido constante. Uma das alternativas é implantação de barragem subterrânea, para armazenar água nos vazios de solo aluvial. As Barragens subterrâneas são estruturas que tem o objetivo interceptar (impedir) o fluxo de água subterrânea, ficando armazenada no perfil do solo.

A barragem subterrânea constitui um barramento verificado no depósito aluvial de um rio ou riacho, com a finalidade de deter o fluxo subterrâneo depois de cessado o escoamento superficial, proporcionando à montante do barramento um reservatório subterrâneo que pode ser explorado por uma obra de captação.

O local foi selecionado por consultor especializado e contratado pelo PNUD, em Sergipe e localizada no Povoado São José, município. “Essa foi uma doação internacional para o manejo de uso sustentável de terras do semiárido nordestino. Essa barragem vai beneficiar 60 famílias da comunidade São José, no semiárido sergipano”, contou o Analista Técnico do Projeto Sergipe, pelo Pnud, Thiago Vieira.

A obra, de baixo custo e de rápida execução, visa aproveitar os depósitos aluviais nos leitos secos dos rios e, ainda, criar depósitos quando da sua inexistência. A água acumulada pode ter como principais usos: irrigação e sub-irrigação de culturas de subsistência, principalmente a horticultura e a fruticultura e dessedentação de animais, através do bombeamento dos poços-amazonas localizados no depósito aluvial à montante da barragem, a água é conduzida para bebedouros de animais.