Com iniciativa dos profissionais, Daniel Allievi (veterinário) e Naelson Resende (engenheiro civil), a Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) está desenvolvendo o projeto denominado Gaiola Aberta, cujo principal objetivo é conscientizar a sociedade em não prender os animais da fauna, principalmente de maneira irregular, sem as devidas autorizações.
O Gaiola aberta consiste na distribuição de gaiolas em áreas de reserva ambiental, com a frente modificadas e abertas, contendo em seu interior água e alimento específico para que as aves possam entrar e se alimentar, sem perder a vida livre em seu habitat natural.
As gaiolas utilizadas no projeto são oriundas de apreensões de aves realizadas pelas equipes da Adema e estavam armazenadas no Centro de Tratamento de Animais Silvestres (Cetas), onde seriam destruídas após a sua soltura das aves em questão, porém, terão o efeito inverso de quando foram apreendidas.
Segundo o veterinário Daniel Allievi, o projeto possui diversos propósitos. “A princípio, o Gaiola Aberta está sendo desenvolvido no município de Porto da Folha, mas a intenção é que posteriormente ele venha abranger municípios nos oito territórios sergipanos, pois, é um trabalho que serve de estímulo para conscientizar a população a não capturar as aves na natureza e mantê-las aprisionadas. Se o cidadão deseja criar algum tipo de animal silvestre, deve procurar a Adema, a fim de que seja informado se é possível, bem como as condições para obter os cadastros devidos e a permissão para a criação, a fim de que não venha a ter problemas futuros”, ressalta.
A Adema reitera que segundo o Decreto 6.514, de 22 de Julho de 2008, o mantimento de guarda doméstica de animais silvestres sem a permissão, licença ou autorização das autoridades competentes é prevista como uma infração administrativa ambiental que acarreta multas que podem variar de R$500,00 a R$10.000,00, e, caso o animal seja ameaçado de extinção, a multa tem o valor dobrado